Empreendimentos recentes de bilhões de dólares das empresas australianas Meteoric e Viridis Mining and Minerals destacaram Minas Gerais pelo desenvolvimento de terras raras, despertando interesse global. As terras raras, cruciais para tecnologias como smartphones, veículos elétricos e turbinas eólicas, são fundamentais para um futuro sustentável e com eficiência energética.
Esses 17 metais essenciais, conhecidos por suas aplicações exclusivas de alta tecnologia, encontram no Brasil e no Vietnã como principais detentores depois da China, que domina o mercado. O controle de produção de 60% e as restrições de exportação da China representam desafios geopolíticos e econômicos, impulsionando a busca global por alternativas, destacando Minas Gerais.
Minas Gerais, com seus ricos depósitos perto de vulcões extintos em Araxá e Poços de Caldas, se torna um ator estratégico. Os fortes laços do Brasil com os EUA e a UE, combinados com suas ricas reservas, o posicionam como uma alternativa viável ao domínio chinês.
O mercado global de terras raras, avaliado em cerca de $6 bilhões com expectativas de atingir $14 bilhões até 2028, é impulsionada pela demanda por energia limpa e veículos elétricos. O potencial de Minas Gerais vai além das matérias-primas; envolve a criação de um ecossistema propício ao desenvolvimento de projetos minerais, enfatizando o licenciamento ambiental, a mão de obra especializada e o acesso ao mercado.
Os esforços do governador Romeu Zema estão elevando Minas a se tornar um centro de terras raras. A aquisição do LABFAB IT da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais e da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais ressalta essa ambição, com o objetivo de tornar Minas líder em pesquisa e aplicação de terras raras.
Essa iniciativa, marcando Minas Gerais como um paraíso de pesquisa e desenvolvimento no hemisfério sul, ressalta sua importância estratégica na diversificação do suprimento global de terras raras e no avanço das tecnologias de transição energética.
