A Celsia está buscando ativamente locais alternativos para projetos de energia eólica na Colômbia, com o objetivo de contornar os desafios socioambientais que afetam seus empreendimentos no tumultuado departamento de La Guajira.
A empresa, com sede em Medellín, está avançando com planos para um piloto de energia eólica de 10 MW perto de Barranquilla e Cartagena. Essa iniciativa marca um passo significativo em direção ao desenvolvimento mais amplo da energia eólica nas regiões de Atlántico e Bolívar. O CEO da Celsia, Ricardo Sierra, compartilhou com os acionistas na assembleia geral anual que a construção do projeto piloto está prevista para começar em breve.
Em esforços para mitigar os riscos ambientais e sociais, a Celsia está explorando oportunidades de projetos em regiões conhecidas por menores desafios socioambientais. “Estamos analisando e desenvolvendo projetos em outras áreas onde os riscos ambientais e sociais não são tão altos”, afirmou Sierra.
A empresa já havia indicado uma possível mudança de La Guajira, considerando a venda de projetos de energia eólica com uma capacidade combinada superior a 300 MW, concentrando sua atenção no Perú. Projetos como Acacia 2, Camelia, Camelia 1 e Camelia 2 enfrentaram oposição das comunidades locais, levando Celsia a considerar sua venda. Apesar de mais de 200 consultas anteriores desde 2018, a resistência da comunidade persistiu.
Durante a reunião de acionistas, Sierra explicou: “Atualmente, temos todas as opções na mesa”, incluindo a possibilidade de cessar o licenciamento desses projetos e transferi-los para entidades dispostas a realizar sua construção e operação.
Os desafios da Celsia em La Guajira refletem uma tendência mais ampla do setor, com empresas como EDF Renewables, Enel e Grupo Energía Bogotá também relatando atrasos em projetos devido à oposição social. No entanto, Sierra observou que as altas velocidades do vento de La Guajira continuam a torná-la um destino atraente para desenvolvedores de energia eólica, apesar dos contínuos conflitos sociais.